“O animal caminha para a condição de homem, tanto quanto o homem evolui no encalço do anjo.” (Emmanuel, na obra 'Alvorada do Reino' - Psicografia: Chico Xavier)
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
bye bye, so long, farewell
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Antevasins...
Eu conheço muita gente, mas tenho poucos amigos. E antes que isso vire um clichê assumo qualquer culpa nesse sentido e digo que isso ocorre principalmente por um problema exclusivamente meu. Mas que prefiro não comentar neste momento para não me alongar demais.
Enfim, especificamente sobre um desses meus amigos eu gostaria de falar a respeito. Eu o conheci no trabalho, como a maior parte dos meus amigos atuais, há uns 8 anos atrás. Sem maiores detalhes, apenas que ele parecia estar 24 horas ligado no 220v. Ria, pulava, gritava e brincava o tempo inteiro. Obviamente uma pessoa dessa perto de outra que adora uma bagunça... Só poderiam ficar amigos! E foi o que aconteceu. Trabalharam por um tempo juntos e nesse tempo viraram muitas noites por conta de jobs imensos, jogaram muito PlayStation sentados na mesa de sinuca, tomaram alguns chopes, tequilas e afins. Foi um tempo feliz!
Mas a vida se acarreta de, em certos momentos, levar as pessoas para caminhos diferentes. Perdemos o contato, mas uns dois anos depois se reencontraram em outra agência. A amizade voltou e quando seguiram rumos diferentes a amizade permaneceu. Mais branda, porém sempre existente – as redes sociais já bem avançadas nesta fase ajudaram também.
Mas o ponto é: um belo dia ele conheceu uma baiana, se apaixonou , largou tudo e se mudou pra Salvador. O romance não deu certo, mas... Ele já estava lá! Ele teve a coragem de recomeçar em outro lugar, uma nova vida, com novos amigos, trabalhos e tudo que acarreta uma mudança assim.
Daí esses dias estava pensando se coragem é algo que as pessoas têm ou não têm. Penso que ele sempre teve essa vontade, mesmo que no interior de seu íntimo, mas será que lá dentro ele tinha coragem? Ou será que a coragem não se materializou em forma de uma mulher, como algo a catapultá-lo para um sonho, mas ao mesmo tempo alguém para culpar se não desse certo? Será que isso amenizaria a culpa em caso de falhar?
Sinceramente não consigo chegar a uma resposta segura, mas só consigo pensar que por essa ótica, talvez, a vida possa se tornar, quem sabe, mais agitada? Mais sofrida? Ou seria uma forma de trocarmos o medo por um impulso? Sinceramente???? Não sei!
Bom, de qualquer forma fica a dúvida: mas o que me levou a pensar em tudo isso? Bom, a HBO andou reprisando incessantemente (como de praxe) Comer Rezar e Amar e apesar de achar que o filme não consegue chegar aos pés do livro (o que ocorre em 99% dos casos), consigo juntar as duas coisas e compreender aquilo de uma forma única. Por motivos diferentes do meu amigo Elizabeth Gilbert também larga tudo em busca de algo novo. E confesso que essa possibilidade de sair pelo mundo buscando e explorando o novo sempre permeia meu ser em variados momentos. Mas diferente desses dois personagens-reais é bem capaz de me faltar coragem, ou quem sabe, a ‘desculpa’ para fazer disso algo real.
Para finalizar: tem uma parte do filme em que Felipe, personagem vivido por Javier Bardem, explica a Liz que ambos são “antevasins”, ou seja, pessoas que estão sempre no meio. Segundo ele os “antevasins” deixam o conforto da família em busca da iluminação. Bom, quanto a deixar o conforto de minha família, ok, isso foi feito há quase 15 anos. Mas a iluminação ainda está sendo providenciada e espero, sinceramente, conseguir atingí-la um dia.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Fácil!?
Comumente me pego pensando que a vida deveria ser mais fácil. Tirando o fato de que a humanidade nunca está satisfeita (taí um dos motivos para o qual a vida não seja sempre perfeita) e gosta de reclamar, também tem o fato de que viver não pode ser classificado como justo bem como o estado de felicidade plena, buscado pelo mundo inteiro, não existe. Fato.
E a constatação dessa 'injustiça' parte do simples motivo de que se fosse justa as pessoas não morriam ou ficavam doentes. Não seriam estupradas, assassinadas, sequestradas, bem como não perderiam suas casas em enchentes ou incêndios. E digo isso sem passar por qualquer dogma ou crendice. É simplesmente uma constatação das notícias diárias.
Mas ao mesmo tempo, como uma pessoa que crê na reencarnação, não posso deixar de levar em consideração meu posicionamento sobre isso. Se nossas almas reencarnam elas estariam passando por constantes processos evolutivos a cada ‘vida’. E se você precisa evoluir meu bem, nada mais razoável que você passe por coisas boas e ruins na(s) vida(s). Simplista? Talvez, mas eu acredito nisso.
E a felicidade plena? Por que motivo as pessoas buscam algo tão intangível? Pensemos em algumas constatações: se a felicidade plena existisse não acha que aquela humanidade que nunca está satisfeita e gosta de reclamar (mencionada no primeiro parágrafo) não acharia uma forma de ficar insatisfeita? Tipo: você ama Paris e gostaria de passar suas férias lá. Mas se pudesse fazer isso em absolutamente todas as suas férias não iria uma hora chegar à conclusão de que não aguenta mais e iria reclamar? Sim! Se tivesse a possibilidade de não trabalhar e passar o tempo todo vagabundeando... Será que em algum momento não sentiria falta de ter uma vida mais regrada com um mínimo de rotina e organização? Sim! Ou se pudesse comprar um iate por dia, ou uma moto, ou jantar fora no Gero diariamente... Enfim, o ponto é que precisamos dos desafios e metas para dar valor àquilo. Àquela conquista. Ou seja, o sentimento de ‘eu lutei, eu consegui’ são complementares ao fato de estar fazendo algo que sempre quis. Fato.
Com isso só posso chegar à conclusão de que a felicidade plena não existe, mas momentos felizes. E esses momentos felizes são os que nos mantêm vivos, crendo no fato de quando coisas ruins acontecem ou dificuldades aparecem a gente pode e consegue transpor aquilo. Chamo isso de fé. E se essa fé é na gente mesmo, na vida, nos outros, não importa, mas é o que nos move a continuar.
Resumindo: viva com equilíbrio. Você não precisa deixar de fazer nada, mas também não precisa fazer tudo. Coma, beba, exercite-se, tome sol, faça sexo, mas com moderação. Não perca a conexão com você mesmo, não deixe de ser quem é por causa de outrem. Viva um dia de cada vez sem se apegar ao passado ou a futuro. Viva o hoje, simplifique, ganhe tudo, perca tudo, só não perca a fé.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Chega!
domingo, 25 de julho de 2010
Mudando de prateleira
domingo, 30 de maio de 2010
Balza-Carol!
Também lembro aos 3 com meus tios, primos e pai no 'jardim de baixo' em Valença. Das férias de infância e adolescência em Itacoatiara, dos caldos na praia, do cheiro de mato das alamedas, das árvores do sítio e passeio de charrete aos domingos.
De quando tinha 10, no sofá da casa da minha avó, torcendo pela seleção de 90. Não entendi como podiam permitir, perante todo sofrimento daqueles brasileiros após a eliminação, que não tivéssemos uma segunda chance. Um absurdo!
Lembro do meu primeiro beijo aos 14, do meu primeiro namorado aos 16 e também do último, que foi sem ter sido, infelizmente. Lembro do Pablo, amigo do meu pai que se passava por papai noel, nos dezembros da minha tenra infância. Da minha primeira (em 1994) e última (em 2010) viagem internacional e que ambas foram para a Disney =).
Lembro de todos aqueles que passaram e também aqueles que ficaram. De todos os trabalhos, paixões, brinquedos, carros que meus pais tiveram, de quando senti minha primeira azia, das minhas traumáticas extrações de cisos e das fatídicas dores d'alma.
De quando pisava delicadamente nos pés do meu pai para dançarmos pela sala de casa. Dos jogos de memória, das idas ao mecânico, das longas conversas sobre a vida. Também me lembro do dia em que ele se foi.